4º dia – Tarbes -> Pirinéus -> Tarbes
(172km) – Já com todos bem repousados, lá telefonámos
à “gendarmerie” para saber se poderíamos efetivamente passar em certas
localidades, dado que as informações que nos chegavam eram de que havia
estradas cortadas devido às obras de reconstrução por causa das cheias que
destruíram muitas habitações e acessos às estradas de montanha. Simpaticamente
foi-nos dito que poderíamos avançar pois apenas haveria condicionamentos no
trânsito, mas que as estradas estavam transitáveis.
Lá seguimos então
para o centro da localidade para um pequeno almoço: bolos e pão numa
“boulangerie” e café no “bistrot”. Atestados, dirigimo-nos até Lourdes, onde
visitámos o santuário e aproveitámos para almoçar também. Não sem antes a mota
do demo do Dinis ser confessada e abençoada por uma freira que fez questão de
ser fotografada na mesma.
De tarde, lá
seguimos pela estrada de montanha acima, tal e qual o “Tour de France” com uma pequena paragem em “Barèges”, dado o trânsito devido às obras, e também para
ver que a força das águas tudo consegue derrubar. Já mais hidratados, lá
seguimos em direção ao “Col du Tourmalet”, não sem antes apreciar aquelas
paisagens fantásticas, com foto da praxe, e lembrar o que os ciclistas têm de
pedalar sem poderem apreciar a beleza natural que se lhes impõe.
Dadas as horas, decidimos
encurtar o trajeto e não ir até “Arreau”, dado que teríamos de regressar
exatamente pela mesma estrada, e assim teríamos mais tempo para um lanche.
Antes disso, no “Col d’Aspin”, um encontro com quatro “moteros” espanhóis, e
mais uns dedos de conversa e umas fotos, e o batizado do “animal” pelos nossos
amigos espanhóis.
O lanche acabou por
ser em “Bagnères-de-Bigorre”, onde descansámos à sombra e ainda deu para ouvir
um som ao vivo, para um final de tarde em beleza.
Montados nos ferros, lá
seguimos até Tarbes, onde após o jantar, e mais umas peripécias para alguns nos
quartos, lá descansámos com a natural ansiedade e expetativa de querer chegar
ao local do meeting.
5º dia – Tarbes -> Albi (250 km) – À hora marcada, uns mais cedo que outros, lá carregámos os ferros e
procurámos um lugar para um pequeno almoço: bem perto dali (e nós às voltas,
daahhh) uma “boulangerie/patisserie” bem acolhedora, onde fomos mais uma vez
muito bem recebidos. O dono já teve mota, e ao fim de semana junta ali os seus
amigos motards, pelo que nos colocou na mesa tudo o necessário para iniciarmos
o dia.
De barriga cheia,
lá nos fizemos à estrada para cumprir com o horário de almoçarmos em “Gaillac”,
o que acabou por acontecer mesmo.
Uns mais apressados
que outros, chegados a Albi, tempo ainda para parar e atestar os ferros e ir às
compras: uns compram calções de banho, etc, outros compram escovas de aço,
bomba-de-pé, etc, mas gostos não se discutem ;).
Chegados ao
“Cap’Découverte” em “Le Garric”, que era o nosso destino final, uma recepção
fantástica, quer da organização, quer dos Star Riders europeus. Boas-vindas,
check-in, instalação, visita às instalações… e a partir daqui, muitas
conversas, muitas cervejas, muitos uísques, muita boa companhia e
confraternização, num convívio de culturas tão distintas e diferentes, mas com
paixões comuns.
O nosso anfitrião, o Toto, um amigo português do Star Club
France, fez de guia durante a nossa estadia.
Como forma de agradecimento e de
apresentação dos Star Riders Portugal, a seguir ao jantar oferecemos um brinde
com o nosso vinho do porto acabadinho de chegar connosco, a todos os
participantes.
6º dia – European Star Meeting – Depois de um descanso e de pequeno-almoço tomado, lá pegámos todos
nos ferros para um passeio da organização pelas localidades vizinhas. Mais de
centena e meia de ferros Star a rolar por terras gaulesas… no comments.
Uma visita a um
museu do vidro com demonstração, seguida de uma rápida paragem num produtor
local de vários tipos de bebidas alcoólicas, onde a explicação, e sobretudo a
degustação deliciou os presentes.
De regresso ao
“Cap’Découverte”, foi tempo de almoço e definir o que fazer durante a tarde, já
que era de tempo livre: ou se aproveitava as actividades oferecidas na estância,
ou se visitava as redondezas. Uns decidiram-se ficar pelo parque e desfrutar
das muitas actividades, outros optaram por visitar localidades nas redondezas.
Os amigos Sérgio e Lena foram até Albi, e eu segui até “Cordes-sur-Ciel”, uma pequena
localidade que há muito almejava visitar por causa do seu medievalismo.
Simplesmente tempo muito bem empregue. Visita a pé pelas ruas, edifícios que
não enganam, e tempo ainda para visitar um museu local que retrata a vida local
na época medieval. Antes de regressar, e dado o calor, claro está, saiu uma
“bièrre” fresquinha.
De novo na
estância, hora de jantar e farra noite dentro. E que farra, pis com a
entrega/troca de lembranças, música e bebidas, sem esquecer a demonstração
“exigida” pelos presentes da “Popcorn StarMotorcycle”, isto é, a SkullStar do
Dinis, foi um dos pontos altos da noite. Tão alto, que alguns de nós só
regressaram aos quartos às 6 da matina, bem regados, e onde até deu tempo ao
Helgalático de fazer o seu sono de beleza no corredor (já não deu para mais).
Sem comentários:
Enviar um comentário