sábado, 21 de setembro de 2013

European Star Meeting 2013 - Albi - France - III



7º dia – Albi -> Andorra (500 km) – Com apenas duas horas de descanso, o dia avizinhava-se difícil, pois a arrumação das tralhas, motas preparadas e pequeno-almoço tomado não foi fácil com tanta destilaria junta num quarto só (aqueles uíques todos envinagraram a malta).
Mas, com muito custo e sobretudo pouca vontade física, lá nos pusemos prontos a horas, e despedidas feitas daquela malta inesquecível, lá iniciámos a etapa de regresso ao cantinho lusitano, com muitas histórias e memórias para irmos recordando (algumas não se podem publicar por razões óbvias).
Seguimos a ideia original de visitar Carcassonne e almoçar por lá. Os primeiros quilómetros foram difíceis, mas depois entrou-se na rotina habitual. Chegados, deparámo-nos com uma fabulosa cidade medieval. Um passeio pelas ruas, um almoço merecido, e lá fomos em direção a Andorra.

Tempo de uma pequena paragem de despedida por terras de França, e lá serpenteámos uma estrada fabulosa de montanha (com avisos próprios para motociclistas) até chegarmos ao túnel de entrada em Andorra: aqui o termómetro marcava 1ºC, e havia malta de manga curta a bater o dente. Depois de atravessar o túnel e pagar a portagem, tempo de vestir o casaco e foto de grupo por terras andorrenhas. De seguida, foi sempre a descer, quilómetros e quilómetros até chegarmos a Andorra-a-Velha, para pernoitarmos no hotel marcado. Ferros estacionados e descarregados, tempo de uma bebida de boas-vindas, e toca a procurar um sítio para jantar. 
Nem de propósito: um restaurantezinho de portugueses. Venha de lá boa comida e bebida, bem como a converseta. Descanso…








8º dia – Andorra -> Madrid (550 km) – Como o destino era os arredores da capital espanhola, de manhã ainda se foi procurar onde fazer algumas compras, mas as lojas que interessavam ainda estavam fechadas. Tudo a postos e toca a rolar em direção a Espanha, a poucos quilómetros dali, com tempo de nova paragem para atestar os ferros e comprar uns “recuerdos” num “centre comercial”. Foi mais um dia para papar quilómetros, com um almoço pelo caminho, e chegada ao fim do dia a Madrid.


Instalados no hotel, lá fomos procurar onde jantar ali bem perto, e ao gosto de cada um. Como elas já amolentavam, todos no descanso que a última estirada é já a seguir…

9º dia – Madrid -> Viseu (560 km) – O calor fez-se logo sentir nas primeiras horas, e com os ferros prontos, lá fomos atestá-los e a nós também. 
Depois de umas peripécias para sair de Madrid (o GPS lá se fez notar pela positiva), seguimos então com destino a Salamanca para um almoço já perto das nossas terrinhas. 
A temperatura sempre a subir, e chegados a Salamanca, o melhor foi mesmo almoçar numa esplanada com uma sombra fresquinha.

 



Depois disto, paragem em Vilar Formoso para atestar e foto da praxe, para finalmente seguirmos até terras de Viriato, onde a família já me esperava, bem como um lanche e bebidas para todos, sobretudo para o amigo Maia que fazia anos (e não dizia nada à malta). Cansados, mas com muitas recordações, chegou a hora de me despedir dos amigos e companheiros de viagem, que ainda tinham algumas centenas de quilómetros para concluírem o regresso as suas casas.


Haverá mais, se Deus quiser!





European Star Meeting 2013 - Albi - France - II




4º dia – Tarbes -> Pirinéus -> Tarbes (172km) – Já com todos bem repousados, lá telefonámos à “gendarmerie” para saber se poderíamos efetivamente passar em certas localidades, dado que as informações que nos chegavam eram de que havia estradas cortadas devido às obras de reconstrução por causa das cheias que destruíram muitas habitações e acessos às estradas de montanha. Simpaticamente foi-nos dito que poderíamos avançar pois apenas haveria condicionamentos no trânsito, mas que as estradas estavam transitáveis.
Lá seguimos então para o centro da localidade para um pequeno almoço: bolos e pão numa “boulangerie” e café no “bistrot”. Atestados, dirigimo-nos até Lourdes, onde visitámos o santuário e aproveitámos para almoçar também. Não sem antes a mota do demo do Dinis ser confessada e abençoada por uma freira que fez questão de ser fotografada na mesma.

De tarde, lá seguimos pela estrada de montanha acima, tal e qual o “Tour de France” com uma pequena paragem em “Barèges”, dado o trânsito devido às obras, e também para ver que a força das águas tudo consegue derrubar. Já mais hidratados, lá seguimos em direção ao “Col du Tourmalet”, não sem antes apreciar aquelas paisagens fantásticas, com foto da praxe, e lembrar o que os ciclistas têm de pedalar sem poderem apreciar a beleza natural que se lhes impõe.
 
Dadas as horas, decidimos encurtar o trajeto e não ir até “Arreau”, dado que teríamos de regressar exatamente pela mesma estrada, e assim teríamos mais tempo para um lanche. Antes disso, no “Col d’Aspin”, um encontro com quatro “moteros” espanhóis, e mais uns dedos de conversa e umas fotos, e o batizado do “animal” pelos nossos amigos espanhóis.

O lanche acabou por ser em “Bagnères-de-Bigorre”, onde descansámos à sombra e ainda deu para ouvir um som ao vivo, para um final de tarde em beleza. 
Montados nos ferros, lá seguimos até Tarbes, onde após o jantar, e mais umas peripécias para alguns nos quartos, lá descansámos com a natural ansiedade e expetativa de querer chegar ao local do meeting.


5º dia – Tarbes -> Albi (250 km) – À hora marcada, uns mais cedo que outros, lá carregámos os ferros e procurámos um lugar para um pequeno almoço: bem perto dali (e nós às voltas, daahhh) uma “boulangerie/patisserie” bem acolhedora, onde fomos mais uma vez muito bem recebidos. O dono já teve mota, e ao fim de semana junta ali os seus amigos motards, pelo que nos colocou na mesa tudo o necessário para iniciarmos o dia.
De barriga cheia, lá nos fizemos à estrada para cumprir com o horário de almoçarmos em “Gaillac”, o que acabou por acontecer mesmo.

Uns mais apressados que outros, chegados a Albi, tempo ainda para parar e atestar os ferros e ir às compras: uns compram calções de banho, etc, outros compram escovas de aço, bomba-de-pé, etc, mas gostos não se discutem ;).
Chegados ao “Cap’Découverte” em “Le Garric”, que era o nosso destino final, uma recepção fantástica, quer da organização, quer dos Star Riders europeus. Boas-vindas, check-in, instalação, visita às instalações… e a partir daqui, muitas conversas, muitas cervejas, muitos uísques, muita boa companhia e confraternização, num convívio de culturas tão distintas e diferentes, mas com paixões comuns. 
O nosso anfitrião, o Toto, um amigo português do Star Club France, fez de guia durante a nossa estadia. 
Como forma de agradecimento e de apresentação dos Star Riders Portugal, a seguir ao jantar oferecemos um brinde com o nosso vinho do porto acabadinho de chegar connosco, a todos os participantes.


6º dia – European Star Meeting – Depois de um descanso e de pequeno-almoço tomado, lá pegámos todos nos ferros para um passeio da organização pelas localidades vizinhas. Mais de centena e meia de ferros Star a rolar por terras gaulesas… no comments.

Uma visita a um museu do vidro com demonstração, seguida de uma rápida paragem num produtor local de vários tipos de bebidas alcoólicas, onde a explicação, e sobretudo a degustação deliciou os presentes.
De regresso ao “Cap’Découverte”, foi tempo de almoço e definir o que fazer durante a tarde, já que era de tempo livre: ou se aproveitava as actividades oferecidas na estância, ou se visitava as redondezas. Uns decidiram-se ficar pelo parque e desfrutar das muitas actividades, outros optaram por visitar localidades nas redondezas. Os amigos Sérgio e Lena foram até Albi, e eu segui até “Cordes-sur-Ciel”, uma pequena localidade que há muito almejava visitar por causa do seu medievalismo. Simplesmente tempo muito bem empregue. Visita a pé pelas ruas, edifícios que não enganam, e tempo ainda para visitar um museu local que retrata a vida local na época medieval. Antes de regressar, e dado o calor, claro está, saiu uma “bièrre” fresquinha.

De novo na estância, hora de jantar e farra noite dentro. E que farra, pis com a entrega/troca de lembranças, música e bebidas, sem esquecer a demonstração “exigida” pelos presentes da “Popcorn StarMotorcycle”, isto é, a SkullStar do Dinis, foi um dos pontos altos da noite. Tão alto, que alguns de nós só regressaram aos quartos às 6 da matina, bem regados, e onde até deu tempo ao Helgalático de fazer o seu sono de beleza no corredor (já não deu para mais).


European Star Meeting 2013 - Albi - France - I

Com a chegada do membro mais novo da família, a hipótese de viajar de moto ficou suspensa, mas com alguma insistência de familiares e amigos, lá parti para mais uma odisseia.

Depois do planeamento imaculado do amigo e companheiro Sérgio, de alguns avanços e recuos, chegou a hora de nos fazermos à estrada, no final de um mês de Agosto quente e incendiado.



1º dia – Viseu -> Vila do Conde (170 km) – Depois de um dia atarefado, chegada a noite fiquei pronto para partir. O combinado era ir dormir a Vila do Conde de onde no dia seguinte iniciaríamos todos a viagem. Mota pronta e lá segui eu, não sem antes passar pelos incêndios da A25, de ser acompanhado pela GNR durante alguns quilómetros devido ao fumo e fogo nas bermas, mas eis que chegado a Vila do Conde, lá fui até casa do amigo Maia onde pernoitei, não sem antes uma boa conversa entre amigos que nunca mais acabaria não fosse a necessidade de algum descanso.


2º dia – Vila do Conde -> Burgos (540km) – Ao fim de um sono repousante, e pequeno almoço tomado (obrigado Maia e Eulália), lá fomos encontrar-nos com os restantes companheiros de viagem no ponto de encontro. Alguns amigos e companheiros já nos esperavam com alguns viajantes.
Com toda a equipa reunida, motos atestadas, foto da praxe e “ala que se faz tarde”.

À medida que fomos “comendo” quilómetros, eram visíveis os incêndios. Primeira paragem: Chaves – onde uns minutos bastaram para um cafézinho.
Decidida que estava a paragem para abastecer os ferros, em Espanha, claro, eis que saímos logo na primeira saída após a fronteira, mas nem todos lá chegaram. Um telefonema e ficámos a saber que a mota do amigo Hélder não gosta de sair de Portugal. Questões de passaporte, ou “roaming”… nas velas. Uns foram atestar os depósitos, outros dedicaram-se às limpezas... e logo de seguida chegam os apeados, que aparentemente resolveram a questão (pelo menos para já, pois não se iria desistir tão cedo). 
Seguimos então todos em direção a Puebla de Sanabria, onde almoçámos numa esplanada, e que bem que soube aquela sombra com tanto calor.

De novo retemperados, lá fomos em direção a Burgos, a malhar no asfalto, não sem antes atestar os depósitos das motas e de nós próprios.
Chegados ao Hotel para descanso, alguém se fechou no quarto, com a chave por fora! A cenas que se seguiram foram dignas de um momento humorístico ao mais alto nível, e quem os viveu lembrar-se-á concerteza.
Jantar no local e descanso… e fica o momentum do agarradinho ao quadro da “miúda virada de costas”. 

Bons momentos sim senhor, mas era preciso esticar os ossos para o dia seguinte.



3º dia – Burgos -> Tarbes (460 km) – Após o merecido descanso, pequeno almoço no Hotel, atestar os ferros nas bombas mesmo ao lado, e “bota lá mais para a estrada”. Decididos que estávamos a poupar nas autopistas espanholas, lá seguimos pela nacional e pela autovia. Nos pirinéus, paragem para gasosa e wc, e como as gotas de chuva apareceram, enquanto vestíamos os fatos de chuva ainda caiu alguma. Mesmo que depois a chuva não fosse nada por demais, os fatos deram jeito, mais não fosse pelo spray que gramámos. 
Hora de almoço e chegada a Irún, a escassos metros de França. Tirar fatos, estacionar os ferros, procurar restaurante e lá nos fomos sentar. Ao entrar vimos logo uns compatriotas, um deles com a camisola do MC Faro, que veio logo meter conversa, tirar foto para recordação, etc, etc.

Uma pequena visita ao comércio local e lá seguimos para França, onde estava um caos à entrada da autoroute. Após uma gincana pelo meio daquela confusão, lá nos conseguimos safar, também com a compreensão de alguns enlatados (outros nem tanto).
Uma pequena paragem para abastecermo-nos, e eis que o Dinis não se dá com as “pistolas” francesas. Problema resolvido, lá seguimos em direção a Tarbes, para mais uma pernoita, desta vez duas noites no mesmo hotel.
Check-in, motas descarregadas e lá fomos à procura de um restaurante para jantarmos (como sempre, ou eles jantam muito cedo, ou nós jantamos muito tarde). 
Após umas voltas, o melhor era mesmo ao pé do hotel. Depois das apresentações com o dono, da azáfama a ir mostrar a mota do Dinis aos seus clientes e chef de cozinha, lá nos contou que tinha estado em Portugal e que fez 14 refeições de bacalhau, etc e tal. Lá nos foi “mimando” com os seus cozinhados, e depois de satisfeitos, lá fomos descansar. 

Alguns ainda tiveram de fazer arrumações no quarto primeiro…